quarta-feira, 17 de junho de 2009

Espumante brasileiro é degustado após 11 anos de garrafa.


Quanto tempo de guarda aguenta um vinho? De maneira geral, os brancos são menos propícios a guardas longas quando comparados aos tintos, principalmente os exemplares europeus de qualidade, que o tempo já se incumbiu de dar provas de sua longevidade. E os espumantes, que primam pelo frescor? Quanto aguentam em garrafa antes de serem consumidos?

Em geral a recomendação é para que as garrafas sejam abertas e consumidas cedo, assim que chegam ao mercado. Mas aí também há exceções. É sabido que grandes safras dos Champagnes aguentam longos anos de guarda em adega. São os chamados Champagnes safrados, ou millésime.
São bebidas que com o tempo de guarda ganham maior complexidade, ampliando a variedade e profundidade de seus aromas.

Recentemente a Maison Perrier Jouet, marca de prestígio da região de Champagne, realizou uma degustação com 20 diferentes safras de seu Belle Époque. Entre eles, uma garrafa de 1825 que, segundo o Guiness Book, seria o mais antigo champagne engarrafado existente no mundo. Aliás, em todo o lote havia 4 Champagnes do século XIX, 15 exemplares do século passado, e apenas um deste século, um Belle Époque 2002 que estava sendo lançado.
Os felizardos que participaram da degustação garantiram que os anos de garrafa só trouxeram benefícios ao produto final.

Bem, mas vamos voltar à nossa questão.
E se a dúvida sobre o tempo de guarda for dirigida a um vinho brasileiro, branco e espumante? Quanto tempo ele aguenta na garrafa sem perder qualidade? Durante o 6º Encontro do Espumante Nacional, promovido pela Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (SBAV-SP), no final de maio, essa pergunta pode ser respondida em parte, quando Rodrigo Geisse abriu para os presentes uma magnun (garrafa de 1,5 litros) do Cave Geisse Brut 1998.

Onze anos de garrafa, entre autólise (período em que o espumante realiza sua segunda fermentação na própria garrafa e fica em contato com as leveduras próprias do processo, ganhando complexidade), degorgement (processo pelo qual os sedimentos da segunda fermentação são retirados da garrafa), e guarda em adega.

O espumante de onze anos de idade revelou-se vivo, complexo e deixou na boca deste que escreve um gosto de quero mais.

O que mais foi visto e provado no encontro?

O encontro, explica Sergio Inglez de Souza, presidente da SBAV-SP, "tem como objetivo reunir em um só lugar um número representativo de vinícolas para apresentar seus diversos vinhos espumantes, somando mais de 60 rótulos". Entre os convidados e inscritos para o evento não estão apenas apreciadores de vinho e consumidores finais, mas também donos de restaurantes e lojas, "que através de eventos como este têm a oportunidade de provar espumantes de pequenas vinícolas, e eventualmente abrir um novo canal de distribuição para esses pequenos produtores".Entre eles estavam ali também representados o Gheller Gold Brut, da vinícola Gheller, de Guaporé (RS).
Um espumante à altura do mercado internacional. Também havia o Pericó Brut, da vinícola Pericó, localizada na alta altitude de São Joaquim, no estado de Santa Catarina. O Pericó é um espumante brut branco, com uma surpreendente riqueza aromática, produzido 100% com uvas tintas (Cabernet Sauvignon e Merlot). Além desses e outros tantos, também era possível degustar o Gran Reserva 2002, da Casa Valduga, que foi premiado como melhor espumante nacional na última expovinis.

Para os que não participaram do evento resta uma boa busca em lojas especializadas. Vale a pena conferir a qualidade do espumante nacional.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

MELHORES DO ANO 2009 – REVISTA PRAZERES DA MESA

A festa da quinta edição dos Melhores do Ano da Revista Prazeres da Mesa aconteceu nesta segunda-feira de 8 de junho, no Hotel Grand Hyatt, premiando profissionais e restaurantes que deixaram sua marca em 2009. O evento neste ano foi bem mais calmo que em 2008 (não sei se o número de convidados foi menor também?). No mesmo degustei alguns vinhos que não conhecia como os excelentes espanhol TRIO Reserva da Chaves Oliveira e o chileno .San José Apalia Reserva, outros justos e honestos como o português Herdade do Esporão e o Viu Manent Reserva e outros vinhos que deixam muito a desejar como o Rosé Taipa da Pericó. Apresento fotos do evento com seus vencedores e personalidades.

O público bem animado durante o evento e destacando toda a alegria do Chef Carlos।

Uma merecida homenagem a Ângelo Salton que com seu empreendedorismo e grande simpatia contribuiu para o crescimento do setor de vitivinicultura do nosso país।

A sua esposa ao receber o Prêmio de Personalidade do Vinho।

Vencedores recebendo o Prêmio Grande Excelência por sua carta de vinhos.

Os vencedores do Prêmio Excelência em Carta de Vinho s no qual podemos destacar o Dressing, Benedictus, Rascal, Pobre Juan e vários outros merecedores por sua excelente carta.


Vinhos servidos durante o evento.

O sorteio de brindes no final do evento। Um sorteio de um Kit de vinhos da Chaves Oliveira। Faltou um número para eu ganhar।
Parabenizo a Prazeres da Mesa pelo incentivo ao setor de Enogastronomia do Brasil. Até o próximo ano.

sábado, 6 de junho de 2009

DEGUSTANDO VINHO URUGUAIO


Queridos leitores,
Este final de semana degustei o vinho uruguaio Toscanini Merlot 2006. Já havia provado outros vinhos da mesma bodega antes. São vinhos justos. Esse vinho é produzido em Canelones-Uruguay por Juan Toscanini y Hijos S.A. Abaixo apresento a minha opinião sobre o mesmo:
a) Cor: vermelho cereja apresentando ligeira evolução
b) Nariz: antes da agitação, percebo aroma de borra de café. Após a agitação, o aroma é caracterizado pela presença de frutas vermelhas e leve toque de menta
c) Boca: a acidez está elevada mas não atrapalha seu consumo, sua persistência é média para baixa e final de boca caramelizado.
Um vinho para o dia-a-dia. Entretanto, poderia dizer que os vinhos da safra 2006 estão nos últimos meses de consumo.