Vinho brasileiro é aprovado por chefs franceses

Um dos três chefs de cuisine mais famosos do mundo, o francês Philippe Gobet provou e aprovou os vinhos tintos brasileiros durante almoço no Espaco Gourmet, da Apex-Brasil, na Sial 2008. Gobet fez questão de experimentar os vinhos produzidos no RS e expostos na feira em Paris. "Inspiradores", elogiou Gobet assim que degustou os vinhos brasileiros apresentados pela gerente de exportaçao do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho), Andreia Gentilini Milan. Ao saber que o chef conhece todas as principais capitais brasileiras, exceto Porto Alegre, Andreia imediatamente convidou Gobet para visitar a capital gaucha, o Vale dos Vinhedos e as demais regiões produtoras de vinho no Estado. O chef francês se dispôs a participar de um evento integrando comida e vinhos no Brasil. Na terca, o também francês Alain Ducasse, dono de três restaurantes classificados com três estrelas pelo guia Michelin, teceu enormes elogios a um vinho do Vale dos Vinhedos . "Gostei. E um vinho do sol", comentou, logo apos o primeiro gole. "O vinho brasileiro tem um grande potencial", completou.

SIAL
A maior atracao brasileira no Salão Internacional da Alimentação (Sial 2008), que aconteceu desde domingo (19) até quinta-feira (23), em Paris, na Franca, é o Espaço Gourmet, que reuniu a comida e os vinhos brasileiros. A cada dia foram servidos pratos preparados com exclusividade pelo Chef de Cuisine Laurent Suaudeau, um francês radicado no Brasil desde 1979, com o respectivo vinho adequado ao sabor da comida.
Nas receitas foram usados ingredientes brasileiros expostos por mais de 100 empresas brasileiras na feira. Suaudeau é conhecido por preparar pratos que misturam a clássica cozinha francesa com ingredientes típicos brasileiros, produzindo inusitadas combinações. "Nada melhor para acompanhar um bom prato de comida do que um vinho brasileiro", garante ele.
No almoço de abertura da feira, por exemplo, o cardápio continha frango com molho tucupi e arroz negro, regados aos vinhos brasileiros. O sorvete de bacuri, servido na sobremesa fez grande sucesso entre os convidados estrangeiros.
O Sial é uma das feiras mundiais mais importantes para o segmento de alimentos e bebidas. Reúne, a cada dois anos, mais de 5 mil expositores de todos os continentes e recebe cerca de 140 mil visitantes. O Brasil ocupa um espaço recorde de 1.840 m², com vários ambientes – o maior deles é o pavilhão nacional, com 710 m². Os vinhos brasileiros estao expostos em quase 70 metros quadrados de area no estande B17, no pavilhao 7, logo na entrada do Parque de Exposicoes de Paris. Esta é a quinta participação brasileira, que apresenta uma diversidade de produtos como carnes, lácteos, vinhos, cachacas, chocolates, alimentos orgânicos e exóticos como a castanha-do-pará, o camu-camu e o açaí.

VINHOS CHILENOS

Peço desculpas aos meus leitores pela não atualização das reportagens mas estava viajando (aproveitando minhas ferias) e degustando vinhos chilenos que eu ainda não conhecia. Provei muitos vinhos para o dia-a-dia inclusive um Malbec Chileno Gran Reserva. A grande maioria eram vinhos Reserva e outros Gran Reserva que são muito bons mas deixam a desejar para tal classificação. Aprecio o marketing das Bodegas Chilenas. Somente!

Irei falar um pouco sobre estes vinhos (segundo minha opinião):

1) CASA BLANCA Cabernet Sauvignon 2005

a) cor: vermelho cereja com "tonalidade bem clara"

b) 1- nariz: alcoolico, leve toque de menta e frutas vermelhas

c) 2- nariz: aroma de frutas vermelhas silvestres, mentolado (como caracteristica do teor alcoolico), pimentão verde e leve toque de pinus

d) boca: "acidez media", pouca concentração de taninos, persistencia media para baixa e leve amargor

2) CHOCOLAN GRAN RESERVA MALBEC 2004

a) cor: vermelho rosado

b) 1- nariz: frutas vermelhas silvestres, mentolado

c) 2- nariz: frutas em compota (cereja em compota), baunilha, groselha e com "certa complexidade"
d) boca: apresenta uma persistência media, acidez media para baixa e taninos equilibrados

3) WILLIAN COLE GRAN RESERVA Cabernet Sauvignon 2004

- segundo o vendedor, um dos 10 melhores Cabernet Sauvignon do Chile

a) cor: vermelho cereja

b) 1- nariz: teor alcoolico muito alto no inicio, frutas pretas (amora, ameixa preta)

c) 2- nariz: aroma herbáceo, ameixa em compota, pimentão verde, pinus, eucalipto e leve toque de hortelã

d) boca: acidez refrescante, persistência média para baixa e levemente tostado

É um vinho muito bom!

FINAL DEANO: MOMENTO DE ENCONTRO, MOMENTOS DE BONS VINHOS.

FEIRA DE VINHOS ARGENTINOS - EXPAND

Olá leitores do Mr. Wine!
Na quinta-feira dia 02 de outubro, participei de um evento muito interessante que deu continuação a "Feira de Vinhos Argentinos". Atualmente, a Argentina tem dado grandes passos no desenvolvimento da cultura vitivinícola. Algumas Bodegas e, principalmente, Boutiques têm investido bastante em novas tecnologias e alguns estabelecimentos (são poucos mas existem) estão deixando de lado a produção de "vinhos de batalha", diminuindo e procurando mais qualidade na sua produção. Desse modo, a Argentina vai se fixando como um dos melhores produtores de vinhos (de excelente qualidade) do planeta.Peço perdão aos leitores pois não estava com máquina fotográfica para registrar os vinhos. Como sempre, irei relatar uma análise (subjetiva - deixo bem claro) sobre os vinhos que conseguí degustar.
BODEGA AUGUSTO PULENTA - Localizada na região de San Juan

Na minha opinião, são vinhos que necessitam ser um pouco mais trabalhados.
1) Vinho Augusto Pulenta 2002 - segundo o atendente, estagia em barricas francesa por 12 meses
a) cor - alaranjado - já em evolução
b) 1- nariz - erva cidreira e toque de frutas vermelhas
c) 2- nariz - aroma herbáceo
d) boca - persistência média para baixa e acidez um pouco elevada
2) Vinho Valbona 2005 - segundo o atendente, estagia durante 8 meses em barricas de carvalho (não especificou a origem)
a) cor - "vermelho cereja"
b) 1- nariz - frutas vermelhas silvestres (amora, morango) e toque de carvalho
c) 2- nariz - aroma herbáceo e de frutas vermelhas silvestres
d) boca - persistência média para baixa, baixa acidez e um toque de tostado.

BODEGA NORTON - Localizada na região de Luján de Cuyo - MendozaTenho de ser sincero - Apenas vinhos tomáveis!
1) Norton Barrel Select Merlot 2005 - segundo o atendente, estagia 12 meses em barricas de carvalho frânces de 1- e 2- uso. Como énólogo, penso que poderiam obter um vinho de excelente qualidade com barricas francesas de 1- e 2- uso (se bem que o fator principal e fundamental é a qualidade da uva utilizada)
a) cor - "vermelho cereja"
b) 1- nariz - frutas vermelhas e "mentolado" (devido ao teor alcoólico)
c) 2- nariz - frutas vermelhas
d) boca - acidez um pouco baixa, persistência média para baixa e toque de madeira
e) preço - R$ 35,00 - se levarmos em consideração a qualidade, é um preço considerável.
2) Norton Barrel Select Cabernet Sauvignon 2005 - segundo o atendente, estagia 12 meses em barricas de carvalho francês
a) cor - "vermelho cereja"
b) 1- nariz - aroma de frutas pretas (ameixa preta) e "mentolado" (devido ao teor alcoólico)
c) 2- nariz - aroma de frutas passas e "mentolado" (devido ao teor alcoólico)
d) boca - persistência média para baixa, acidez baixa e tostado
3) Norton Privada 2004 - Merlot, Cabernet Sauvignon e Malbec - segundo o atendente, estagia em barricas novas francesas por 16 meses. Desconheço seu processo real de elaboração mas é um vinho que pode melhorar com o tempo de guarda
a) cor - vermelho ruby (não intenso)
b) 1- nariz - aroma de frutas vermelhas e "mentolado" (devido ao teor alcoólico)
c) 2- nariz - aromas de frutas vermelhas, pimentão verde e condimentos
d) boca - persistência alta acompanhada de uma acidez elevada e bem apimentado
4) Perdriel del Centenário 2004 - Merlot, Cabernet Sauvignon e Malbec (não tenho certeza) - não recordo o tempo em barricas
a) cor - vermelho ruby (não intenso)
b) 1- nariz - aromas de frutas vermelhas, herbáceo e toque de carvalho
c) 2- nariz - aromas de frutas vermelhas, hortelã e leve toque de menta e madeira
d) boca - persistência média, baixa acidez e tostado

BODEGA FAMILIA ZUCCARDI - Localizada na região de Maipú - MendozaCom excessão do vinho Santa Julia (vinho de batalha), produzem vinhos muito bons. Entretanto, são todos vinhos padronizados desde o série A até o Zeta. Na minha opinião, não possuem vinhos excepcionais que causem impacto. Deixo bem claro que não quero tirar o mérito desta Bodega.
1) Zuccardi Serie A Syrah 2006 - 30% do vinho estagia em barricas de carvalho (o atendente não especificou a origem) por 10 meses
a) cor - vermelho rosado
b) 1- nariz - aroma herbáceo e "mentolado" (devido ao teor alcoólico)
c) 2- nariz - aromas de hortelã, eucalipto, pinus
d) boca - boa persistência e acidez refrescantee) preço - R$ 55,00 - vale cada centavo
2) Zuccardi Serie A Malbec 2006 - segundo o atendente, 70% do vinho estagia em barricas de carvalho francês de 1-, 2- e 3- uso durante 10 meses
a) cor - vermelho rosado
b) 1- nariz - pouco aromático
c) 2- nariz - aromas de ameixa em compota, hortelã, menta (devido ao teor alcoólico) e leve toque de carvalho
d) boca - boa persistência, acidez refrescante e chocolate ou tostado
3) Zuccardi Zeta 2004 Tempranillo (30%) e Malbec (70%) - segundo o atendente, estagia por 12 meses em barricas novas de carvalho francês
a) cor - vermelho ruby
b) 1- nariz - carvalho intenso e frutas vermelhas maduras
c) 2- nariz - frutas vermelhas maduras, trufas (mentolado) e carvalho
d) boca - persistência média, acidez refrescante, taninos doces e tostado
e) Belo vinho mas nada excepcional! Tende a expressar-se melhor com sua guarda! Preço - R$ 198,00

Enfim, deixo aqui minha modesta opinião sobre esse grande prazer - o vinho!